O que me fascina no mundo tecnológico é que ele pode fazer um animal lento, que enxerga mal e fraco em um sucesso evolutivo.
O ser humano passou de alimento para outros animais a espécie com capacidade de mudar - e acabar com o planeta - utilizando da tecnologia. Desde as ferramentas mais simples, que inclusive são compartilhadas por nossos primos primatas (pedras como martelo, galhos como alavanca ou armas), até as mais avançadas que nos levaram ao espaço ou nos permite abrir uma garrafa de Coca Cola com facilidade.
O importante em relação a tecnologia é não julgá-la boa ou má. A mesma tecnologia que criou a bomba atômica também possibilita a cura de doenças e gera energia. O fascinante é encarar os dilemas éticos que ela nos traz. Podemos clonar um ser humano, mas devemos?
A tecnologia aliada a outra característica exclusivamente humana nos eleva a um outro patamar evolutiva. A arte é uma característica que só existe entre os humanos - por enquanto - e é ela que nos distingue enquanto seres. Fazemos e apreciamos a arte por que somos humanos. Arte e tecnologia nos permite não só representar o mundo mas também recriá-lo. Permite que a imaginação supere os nossos limites corporais, de tempo e de espaço.
Arte e tecnologia faz uma nova revolução evolutiva naquele animal lento, fraco e que enxerga mal. Agora não é mais o sucesso evolutivo que importa. Ele não precisa mais ficar fixo em seu meio, ele pode criar um mundo único. O universo passa a ser o limite.