quinta-feira, junho 28, 2007

Olhando para onde ninguém jamais esteve

Nessa semana eu assisti um documentário sobre o Telescópio Espacial Hubble. O projeto do telescópio surgiu nos anos 40 e ele foi construído nas décadas de 70 e 80. Na verdade ele é uma imensa nave espacial de 12 toneladas que leva um dos espelhos mais perfeitos já construídos. O custo total do projeto foi de US$ 2 bilhões e o trabalho de mais de 10 mil técnicos e cientístas. A foto ao lado é uma imagem do Hubble no espaço.

Ele foi lançado em 24 de abril de 1990. Seu nome é devido ao astrônomo americano Edwin Powell Hubble (20/11/1889 a 28/09/1953) que descobriu que o universo não é estático, que as galáxias estão se distanciando umas das outras e que o fazem mais rápido quanto mais distantes estão.

Quis o destino que a máquina mais sofisticada já construída pela humanidade fosse míope. Isso mesmo. Quanto as primeiras fotos chegaram a Terra, os pesquisadores perceberam que havia um desvio de 1/56 (um cinquenta e seis avos) na curvatura do espelho. As imagens saiam borradas. Isso foi resolvido instalando um "óculos", numa das mais ousadas missões da NASA, em 1993.

A partir daí o Hubble vem mudando a maneira de como vemos o universo. Estrelas antes tidas como únicas mostraram-se binárias. Locais vazios no espaço aparecem cheios de estrelas. A foto aqui ao lado é do chamado
espaço profundo. Ele representa uma parte do espaço onde não havia nenhuma estrela e para aí ele foi apontado.

A foto uma representação bidimensional de um espaço tridimensional (ou em quatro dimensões se contarmos o tempo). Nela podemos ver as estrelas próximas, mas o principal é a imagem das mais distantes galáxias já fotografadas. Elas estão há 11 bilhões de anos-luz, isso quer dizer, que a luz levou 11 bilhões de anos para chegar até nós. Isso é realmente enxergar onde ninguém jamais esteve.

segunda-feira, junho 25, 2007

O início da era Pauletti

Por uma dessas coincidências da vida o início do meu contato com o DCE acontece com a eleição do Ruy Pauletti como Reitor da UCS.

Em 1990 eu era um dirigente estudantil da UCES, União Caxiense de Estudantes Secundaristas. A presidente do DCE era a Patricia Pessi. Em janeiro de 1990 o DCE e a UCES fizeram uma atividades em conjunto, que tinha como objetivo colocar na lei orgânica do município a obrigatoriedade dos estudantes poderem comprar 75 fichas com o valor de ½ passagem. Tá certo que não era uma proposta muito revolucionária, mas foi a única emenda popular que foi aprovada pela Câmara de Vereadores na reforma da Lei Orgânica. A partir desse momento comecei a participar e discutir o movimento estudantil universitário.

A eleição do Pauletti
Naquele ano o foco do DCE estava voltado para outra coisa. Em abril seriam as eleições para Reitor. João Luis Moraes, o Reitor da época, havia se comprometido em realizar um processo de consulta à comunidade para a escolha de seu sucessor. O Reitor era, e ainda é, escolhido pelo Conselho Diretor, mas havia um movimento muito forte para mudar essa realidade. Com a possibilidade de, pelo menos, uma consulta o movimento estudantil se articulou em torno do nome da Profª. Loraine Slomp Giron. Infelizmente o movimento foi traído pela Reitoria e a consulta foi cancelada na véspera da sua realização. Como resposta o DCE organizou uma grande coleta de cartas de reivindicações e reuniu um número expressivo de estudantes que ficaram em frente à sala de reuniões, no Bloco A. No momento em que um conselheiro saiu surgiu a oportunidade e os estudantes ocuparam a sala de reuniões.

Apesar do movimento Ruy Pauletti foi eleito Reitor. A grande disputa ficou para a indicação do Vice-Reitor. O escolhido, depois de várias votações, foi o Prof. Celso Picolli Coelho. Pauletti assume a reitoria no dia 2 de maio de 1990.

Mas o movimento estudantil não sai derrotado dessa luta, apesar de sofrer um abalo. Logo em seguida, em maio, aconteceram as eleições do DCE. A diretoria presidida pela Patricia estava há uma gestão apenas e o grande desafio era eleger o sucessor. Criou-se um grande frentão de oposição incluindo as forças de direita e algumas de esquerda na chapa intitulada Pés no Chão. Encabeçando a chapa de situação estava Manoel Licks com a chapa Pra Consolidar a Luta. Licks acabou vencendo as eleições.

A greve de 1990
A vitória da chapa Pra Consolidar, somada com a ascensão do movimento estudantil da época levou a uma greve de estudantes no segundo semestre de 1990. Um pouco antes os professores e funcionários haviam feito uma greve reivindicando melhores salários. O DCE apoiou essa manifestação e fez vários movimentos para evitar os furas greve.

Os professores e funcionários obtiveram uma vitória nas suas reivindicações, entretanto, o valor foi integralmente repassado às mensalidade. (Uma ressalva. Como estavamos em uma época de inflação galopante as mensalidades reajustavam todo o mês e sem nenhum critério). Indignados, os estudantes entraram em greve. Com certeza esse foi um dos momentos mais marcantes da história do DCE. As assembléias de greve eram realizadas no auditório do Bloco H (foto ao lado), que logo ficou pequeno para o grande número de participantes e foram transferidas para o Auditório do Cristóvão, com capacidade para 1000 pessoas. (Outra observação. A UCS tinha cerca de 5 mil alunos em 1990). A greve encerra em novembro de 90 com o compromisso da instalação de uma Assembléia Estatuínte e com a constituição de uma ampla comissão de negociação para as mensalidades.

A UCS até chega a cumprir, por algum tempo, as negociações com a comissão, mas logo ela rompe o acordo e isso, aliado a outros fatores, levam aos processos jurídios das consignações em pagamento (mais isso é tema do próximo artigo).

O DCE também é diversão e arte
Nem só de lutas políticas viveu o DCE. A entidade sempre foi uma grande promotora de atividades culturais. Em 1991, como recepção aos calouros foi promovida uma semana inteira de atividades culturais. Apresentaram-se na UCS o Grupo TER (Teatro Experimental Revolucionário) que tínha a frente o ator Jorge Valmini, o acordeonista Oscar dos Reis, entre outros. O DCE também promoveu e foi um dos patrocinadores do LP Imagem das Pedras do músico portoalegrense Gelson Oliveira.

Desobedeça dos pés a cabeça
Esse é o nome da chapa que elege Candido Teles à presidência do DCE. Numa campanha com 3 chapas e bastante disputada a chapa Desobedeça consegue eleger-se, mas não fica com a maioria na diretoria do DCE. Como a gestão é proporcional as chapas oposicionistas, juntas, acabam ficando com o maior número de cargos. Essa unidade acaba não se refletindo na prática e quando existia um movimento para isso as principais decisões acabavam indo para o Conselho de DAs.

Essa gestão iniciou as discussões sobre Estatuínte Universitária, ou seja, a reforma dos estatutos da UCS. Esse processo somente seria finalizado em 1997. A frente da comissão que discutia a estatuínte estavam: Celso Picolli Coelho (Reitoria), Loraine Slomp Giron (Aducs), José Carlos Monteiro (Sinpro), Candido Teles (DCE) e Ademar Sgarbosa (Funcionários). A projeto de Assembléia Estatuínte até chegou a ser finalizado. Ele garantia a participação de estudantes, funcionários e professores e no processo. Devido a pressões do núcleo duro, entenda-se antidemocrático, da reitoria a proposta acabou não entrando em prática.

Outra discussão impornte dessa gestão foi a organização do Fórum de Universidades Pagas. O objetivo era organizar os DCEs do estado para a realização de uma luta em comum contra o aumento das mensalidades. Caxias foi a sede do primeiro encontro onde foi discutida e eleita como linha prioritária a experiência do DCE da Ulbra. Lá os estudantes entraram em juízo questionando os valores das mensalidades e depositando os valores que achavam corretos.

Foi também durante essa gestão que foi promovida uma discussão, com os deputados federais gaúchos, sobre o crédito educativo. Na época apenas o crédito educativo e as bolsas UCS/Prefeitura eram alternativas para quem não tinha condições de pagar as mensalidades, e os dois contemplavam muito poucas pessoas. Participaram desse debate: Germano Rigotto-PMDB, Victor Faccioni-PDS e Raul Pont-PT(que não aparece na foto). (Foto ao lado)

Curiosidades
  • Durante a gestão da Patrícia inicia, pela primeira vez, a organização de um coletivo de mulheres estudantes;
  • O DCE funcionava na sala 104 do Bloco E. Hoje essa sala é ocupada pelo Registro Acadêmico da UCS;
  • A primeira participação que eu tive em uma atividade na UCS foi numa reunião de negociação da Estatuínte Universitária. Como não havia nenhuma pessoa do DCE para ir à reunião e era imprescindível que alguém estivesse presente, eu participei da reunião. (detalhe: eu não era universitário);
  • Em 1991 o DCE rompe com o monopólio do xerox na UCS e compra uma máquina passando assim a controlar os preços cobrados nos outros blocos. A idéia existe até hoje;
  • Em 1992 o DCE abre, em parceira, uma livraria e uma vídeo locadora, na sede da entidade.

A história que faltou

Bom, demorei um pouco para tomar essa decisão, mas acho que ela é inadiável.

No último dia 14 de junho o Jornal Pioneiro publicou uma matéria sobre os 40 anos do DCE. Algumas pessoas acharam a matéria a coisa mais linda do mundo, dizendo que o DCE era o máximo pois tinha ganho 2 páginas de jornal. Como eu não recebo nada para ficar defendendo o Jornal Pioneiro e nem acredito que a mídia burguesa seja realmente imparcial (alias, nada no mundo é imparcial) eu fiz algumas críticas sobre a matéria.

A principal era que o autor da reportagem esqueceu totalmente o que aconteceu na década de 90 para frente. O mais intrigante é que uma grande parte do texto fala sobre o tempo em que o Sartori, atual prefeito, foi do DCE, só para constar foi de 1972 a 1975.

Qual é o meu objetivo? Quero resgatar esse momento histórico perdido. Não tenho o número de leitores que o Pioneiro tem, mas com a colaboração dos meus poucos leitores espero que esses textos se espalhem pela net.

Como são muitos anos estou dividinso em 5 textos que vou publicar toda a segunda-feira e que será assim divididos:

O início da era Pauletti (1990-1992)
A luta contra as mensalidades - as consignações (1992-1996)

O DCE além das luta judicial - as gestões de 1992 a 1995
O troca-troca de forças (1994-1998)
A pelegada chegou (1999-2005)
A hora da movimentação (2005-2007)

Quero deixar bem claro que esses textos serão baseados em minha observação dos fatos já que vivi esses momentos, seja como secundarista ou como universitário.

Portanto, boa leitura.

quinta-feira, junho 21, 2007

Movimentação é eleita pela terceira vez para o DCEUCS

Ontem, dia 20 de junho, encerraram as eleições para o DCEUCS. O processo eleitoral que durou 3 dias culminou com a participação de 3545 votantes.

A eleição desse ano foi diferente em muitos aspectos. O primeiro foi a estreia do novo estatuto da entidade, que foi elaborado no III Coneucs (3, 4 e 5 de maio). Pelo novo estatuto o DCE não mais será dirigido por um, ou por uma, presidente, e sim por um colegiado com 11 coordenadores e 17 diretores. Cabe aos coordenadores o papel de dirigir a entidade nas atribuições diárias e aos diretores o papel de representação. Além disso ainda há o voto em lista, a proporcionalidade, a garantia de cota de 30% de mulheres nas direções, entre outras mudanças.

A segunda diferença foi que a eleição para os delegados ao 50° Congresso da UNE (CONUNE), foi realizada conjuntamente com a eleição do DCE. Só para constar, votaram para a eleição dos delegados e delegadas ao CONUNE 2.196 estudantes. Um detalhe a votação para o CONUNE acabou um dia antes.

A terceira diferença, e não menos importante, foi a ausência de chapa opositora. Até houve a inscrição de uma segunda chapa, mas ela se retirou do processo na sexta-feira, dia 15, alegando falta de tempo e estrutura para divulgar suas propostas.

A primeira vista pode parecer, que a votação foi muito aquém dos anos anteriores (clique aqui para ver o mapa de votação). Isso não é um fato. A votação reduziu? Obvio. Na verdade faltou os votos que seriam da oposição. A inexistência que uma chapa oposicionista, com certeza, provocou a redução do número de votantes.

Meu objetivo, neste texto, não é ficar

Chegou o inverno


Nesse instane está começando o inverno no hemisfério sul. Às 15h06 é o incio oficial e hoje também será o dia mais curto e, consequentemente, a noite mais longa do ano.


Mas parece que alguém esqueceu de avisar isso para o clima. A temperatura máxima prevista para hoje em Caxias é de 22º e a mínima será de 15º. Frio mesmo só apartir de segunda.


Bom é esperar para ver.
PS: Essa foto aí do lado é de Caxias do Sul. Encontrei ela no álbum de fotos do Picassa (veja mais fotos). O autor é Andres. Infelizmente não tenho o nome completo dele.

sexta-feira, junho 08, 2007

A Infanticida Marie Farrar

Brecht que chamava a sí próprio de o pobre do Bertolt Brecht, nasceu em Augsburg (sul da Alemanha) em 10 de fevereiro de 1898 e morreu em 14 de agosto de 1956, em Berlim.

Brecht é um dos maiores dramaturgos do século XX e com certeza o mais engajado politicamente.

O livro Poemas 1913-1956, publicado pela Editora 34, reune em suas 358 páginas todas as fases do escritor. A poesia que eu transcrevo abaixo faz parte do seu primeiro livro Manual de Devoção publicado em 1926.

A poesia fala por sí só. Boa leitura. (ah! comentem por favor. Blog sem comentário é muito chato).

PS: Obrigado Claudio Teixeira por ter me emprestado o livro.

1
Marie Farrar, nascida em abril, menor
De idade, raquítica, sem sinais, órfã
Até agora sem antecedentes, afirma
Ter matado uma criança, da seguinte maneira:
Diz que, com dois meses de gravidez
Visitou uma mulher num subsolo
E recebeu, para abortar, uma injeção
Que em nada adiantou, embora doesse.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.


2
Ela porém, diz, não deixou de pagar
O combinado, e passou a usar uma cinta
E bebeu álcool, colocou pimenta dentro
Mas só fez vomitar e expelir
Sua barriga aumentava a olhos vistos
E também doía, por exemplo, ao lavar pratos.
E ela mesma, diz, ainda não terminara de crescer.
Rezava à Virgem Maria, a esperança não perdia.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

3
Mas as rezas foram de pouca ajuda, ao que parece.
Havia pedido muito. Com o corpo já maior
Desmaiava na Missa. Várias vezes suou
Suor frio, ajoelhada diante do altar.
Mas manteve seu estado em segredo
Até a hora do nascimento.
Havia dado certo, pois ninguém acreditava
Que ela, tão pouco atraente, caísse em tentação.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

4
Nesse dia, diz ela, de manhã cedo
ao lavar a escada, sentiu como se
Lhe arranhassem as entranhas. Estremeceu.
Consegiu no entanto esconder a dor.
Durante o dia, pendurando a roupa lavada
Quebrou a cabeça pensando: percebeu angustiada
Que iria dar à luz, sentindo então
O coração pesado. Era tarde quando se retirou.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

5
Mas foi chamada ainda uma vez, após se deitar:
Havia caído mais neve, ela teve que limpar.
Isso até a meia-noite. Foi um dia longo.
Somente de madrugada ela foi parir em paz.
E teve, como diz, um filho homem.
Um filho como tantos outros filhos.
Uma mãe como as outras ela não era, porém
E não podemos desprezá-la por isso.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

6
Vamos deixá-la então acabar
De contar o que aconteceu ao filho
(Diz que nada deseja esconder)
Para que se veja como sou eu, como é você.
Havia acabado de se deitar, diz, quando
Sentiu náuseas. Sozinha
Sem saber o que viria
Com esforço calou seus gritos.
E os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

7
Com as últimas forças, diz ela
Pois seu quarto estava muito frio
Arrastou-se até o sanitário, e lá (já não
sabe quando) deu a luz sem cerimônia
Lá pelo nascer do sol. Agora, diz ela
Estava inteiramente perturbada, e já com o corpo
Meio enrijecido, mal podia segurar a criança
Porque caía neve naquele sanitário dos serventes.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

8
Então, entre o quarto e o sanitário - diz que
Até então não havia acontecido - a criança começou
A chorar, o que a irritou tanto, diz, que
Com ambos os punhos, cegamente, sem parar
Bateu nela até que se calasse, diz ela.
Levou em seguida o corpo da criança
Para sua cama, pelo resto da noite
E de manhã escondeu-o na lavanderia.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

9
Marie Farrar, nascida em abril
Falecida na prisão de Meissen
Mãe solteira, condenada, pode lhes mostrar
A fragilidade de toda a criatura. Vocês
Que dão a luz entre lençóis limpos
E chama de "abençoada" sua gravidez
Não amaldiçoem os fracos e rejeitados, pois
Se o seu pecado foi grave, o sofrimento é grande.
Por isso lhes peço que não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.

terça-feira, junho 05, 2007

"Se o povo não clarea Ramalho vai clarear"

Esse verso é da música Ramalheando do Osvaldo Montenegro. Mas não é do Osvaldo que eu quero falar. Quero falar mesmo é do Zé Ramalho.

Grande Zé Ramalho.

Alguns nomes da música brasileira são eternos e apesar de ele ter vindo para a nossa região o ano passado e o retrasado, a presença do Zé é sempre bem vinda.

Nós tivemos a sorte de ter esse grande músico em Caxias no último dia 25 de maio, nas comemorações do aniversário de 40 anos do DCE. O show teve um ingresso bem popular. R$ 10,00 para estudantes, mais a doação de um livro. Mais popular do que isso, só de graça.

Eram 23h35 quando o Zé entou os primeiros acordes de
Frevo Mulher. A partir daí foi uma sucessão de músicas que marcaram epóca e gerações, como: Avohai, Chão de Giz, Bate na porta do céu, Garoto de Aluguel, entre outras.

Zé Ramalho esbanjou energia. No alto de seus 58 anos agitou o Ginásio Poliesportivo do Sesi. Nem a noite fria congelou, o já frio, público caxiense. Um detalhe interessante que talvez poucas pessoas perceberam, a iluminação do show. Zé Ramalho sempre foi muito conectado com as coisas do astral, logo a iluminação lembrava um pouco os anos 60. Muitas cores, padrões, uma profusão de espectros. Veja na foto ao lado.

Na minha opinião duas músicas marcaram demais o show.
Para não dizer que não falei de flores, do Geraldo Vandré e Avohai.

Quem quiser curtir alguns momentos do show pode acessem o álbum com as fotos.

Poxa, o que dizer mais do Zé Ramalho? Olha não dá para descrever. Só presenciando. Quem perdeu fica para a próxima. Só acho difícil ter um ingresso tão barato assim...