Nessa semana eu assisti um documentário sobre o Telescópio Espacial Hubble. O projeto do telescópio surgiu nos anos 40 e ele foi construído nas décadas de 70 e 80. Na verdade ele é uma imensa nave espacial de 12 toneladas que leva um dos espelhos mais perfeitos já construídos. O custo total do projeto foi de US$ 2 bilhões e o trabalho de mais de 10 mil técnicos e cientístas. A foto ao lado é uma imagem do Hubble no espaço.
Ele foi lançado em 24 de abril de 1990. Seu nome é devido ao astrônomo americano Edwin Powell Hubble (20/11/1889 a 28/09/1953) que descobriu que o universo não é estático, que as galáxias estão se distanciando umas das outras e que o fazem mais rápido quanto mais distantes estão.
Quis o destino que a máquina mais sofisticada já construída pela humanidade fosse míope. Isso mesmo. Quanto as primeiras fotos chegaram a Terra, os pesquisadores perceberam que havia um desvio de 1/56 (um cinquenta e seis avos) na curvatura do espelho. As imagens saiam borradas. Isso foi resolvido instalando um "óculos", numa das mais ousadas missões da NASA, em 1993.
A partir daí o Hubble vem mudando a maneira de como vemos o universo. Estrelas antes tidas como únicas mostraram-se binárias. Locais vazios no espaço aparecem cheios de estrelas. A foto aqui ao lado é do chamado espaço profundo. Ele representa uma parte do espaço onde não havia nenhuma estrela e para aí ele foi apontado.
A foto uma representação bidimensional de um espaço tridimensional (ou em quatro dimensões se contarmos o tempo). Nela podemos ver as estrelas próximas, mas o principal é a imagem das mais distantes galáxias já fotografadas. Elas estão há 11 bilhões de anos-luz, isso quer dizer, que a luz levou 11 bilhões de anos para chegar até nós. Isso é realmente enxergar onde ninguém jamais esteve.
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