Domingo de manhã, tempo nublado, acordar cedo. Parecia um típico programa de índio (nada contra os brasileiros nativos).
Minha missão. Ir para a Linha Araripe entre Nova Petrópolis e Gramado (de ônibus) para fazer a cobertura da 34ª Festa do Figo, para o Jornal Gazeta Opinião. Fazer o quê? A pauta precisava ser feita e não sobrou mais ninguém - sabe quando alguém pede que um voluntário dê um passo a frete e todos mundo dá um passo para trás? parecido.
Vou lá, afinal de contas não é tão ruim assim. A matéria provavelmente vai render. Primeiro desafio. Chegar a Linha Araripe. Até aí não foi difícil era só perguntar para o motorista do ônibus, devia ter confiado mais na popularidade da festa, porque na parada que eu desci praticamente esvaziou o ônibus.
Chegando lá vamos ao trabalho. O que é a Festa do Figo? É uma festa realizada por duas comunidades de Nova Petrópolis, Linha Araripe e Linha Brasil. A festa iniciou em 1973 e é sempre realizada de forma alternada. Conversando com o presidente da Festa, Guido Thiele, ele me conta que a festa deixou de ser realizada na Linha Araripe por alguns anos por conta de não haver espaço suficiente no salão da comunidade (aquele que aparece na foto com a exposição). Nada que a construção de um pavilhão (onde é servido o almoço) não resolva o problema. A expectativa do presidente é que cerca de 8 mil pessoas visitem a festa nos dois dias (10 e 11/02). Meta fácil de ser alcançada já que a fila do almoço durou até às 3 da tarde.
A exposição de figos e outros produtos agrícolas não é muito grande, apenas as variedades vencedoras são expostas, mas se inscreveram 368 expositores nas 30 categorias de premiação. Comenta-se, não tenho a precisão dos dados, que a produção de figo em Nova Petrópolis alcance a 300 toneladas por ano, a maior parte comprada pela Cooperativa Piá.
Mas a festa não é só figo. Existe artesanato, máquinas agrícolas, bandinhas alemãs (era esperado) e mais uma série de atrações. O espaço da feira é ínfimo. Mas isso não impede que as pessoas comprem o ingresso de R$ 3,00 (R$ 10,00 se participar da rifa de um carro e 9 TVs). Mas o detalhe que chama a atenção é a simplicidade da estrutura da festa.
Ela é toda feita pela comunidade. Trabalharam nela mais de 100 pessoas. Na foto do almoço dá para ver quantas gente tá trabalhando (todos de camisa verde). Acho que estamos começando a ficar acostumado com mega estruturas e nos assombramos com atividades mais simples. E nesse caso simples não é ruim. É bom, ou seja, é o necessário.
Buena vou agora escrever a matéria para publicarmos no Gazeta Opinião.
As fotos:
1ª- Rainha e as princesas da Festa do Figo
2ª - Almoço servido aos visitantes
3ª - Exposição de produtos agrícolas
4ª - Bandinha que tocou o dia inteiro.
2 comentários:
Pô, eu gosto de ir pra essas indiadas. Na próxima manda eu!
...o masotti guarda as boas só pra ele... Ah, e a bandinha era bacana???
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