quarta-feira, janeiro 31, 2007

Take on me



Os sites de compartilhamento de vídeo podem nos trazer surpresas, na maioria das vezes, até nostálgicas. No google vídeo encontrei esse vídeo-clipe. Talvez algumas pessoas que estejam lendo isso agora não lembrem dele, mas devem lembrar da música.

A música é Take On Me, da banda nourueguesa A-Ha. A música foi composta em 1985 e tem uma forte presença do sintentizador, bem na tendência da época. O legal no clipe é a mistura de animação, em preto e branco, com personagens reais.

A história do clipe começa com uma jovem, em um café britânico, que está lendo uma história em quadrinhos sobre corridas de motos, até que o piloto vencedor chama ela para a "dentro" da história. O resto é só acompanhar o vídeo.

A música Take On Me alcançou o primeiro lugar nas paradas nos Estados Unidos e Austrália e o segundo na Inglaterra. É um hit dos anos 80 sem dúvida.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Youtube dividirá parte dos lucros com usuários

Com mais de 70 milhões de acessos mês e recentemente adquirido pela Google por 1,65 bilhões de dolares, o Youtube - maior site de compartilhamentos de vídeo da internet - vai dividir com seus usuários os lucros gerados com publicidade.

A informação foi dada por Chad Hurley, um dos fundadores do site, durante Fórum Econômico Mundial, em Davos. Para Chad a idéia da empresa é premiar a criatividade. Logicamente apenas os vídeos originais serão remunerados e esse valor dependerá da popularidade. A companhia estava evitando essa pratica por não considera-lá uma boa forma de criar uma comunidade na internet.

O Youtube não será o primeiro site de compartilhamento de vídeos a dividir com seus usuários os lucros. O site Metacafe paga US$ 5 a cada mil exibições do vídeo no site com um pagamento mínimo de US$ 100. Recentemente o vídeo Matrix - For Real do especialista em artes marciais Joe Eigo faturou US$ 25.000 sendo visto por mais de 5 milhões de pessoas.

Essa tendência começa a ser seguida por muito cineastas amadores que vêem no site uma oportunidade de captação de recursos para seus projetos. Foi o que fez Jordan Livingston, um cineasta de 24 anos de São Francisco. Ele publicou recentemente dois trabalhos no site Dovetail.tv. Fundado em 2006 por Jason Holloway, ele é direcionado para cineastas iniciantes. "Esses caras querem ser o próximo Martin Scorcese, e você não consegue isso ficando ao lado de vídeos feitos por celulares", disse Holloway numa entrevista para o Globo Online.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Para quem serve a pirataria?

Recentemente em um grupo de discussão entrou-se no debate sobre pirataria. No caso pirataria audiovisual. A legislação brasileira (lei 9.610/98) proíbe a reprodução, sem autorização, de qualquer obra escrita, sonora, visual ou audiovisual. Portanto se você baixar uma música pela internet pelo kazaa ou e-mule você estará cometendo um crime, mesmo se não obtiver nenhum lucro sobre isso. O mesmo vale para cópia de um CD para seu mp3 player (mesmo que tenha comprado o CD). Existe uma proposta de alteração dessa lei feita por um grupo de entidades, entre elas a FGV (para conhecer mais sobre a lei acesse o site). Mas eu acredito que precisamos ir mais fundo na discussão sobre a pirataria. Portanto convido ao leitor(a) para um breve histórico sobre a pirataria....

Um pouco de história

Pelo menos desde o século XV o Estado ou a iniciativa privada utiliza o termo pirataria para denominar a apropriação, sem pagamento de royalties, de produtos, livros, etc. O termo pirataria surge para designar indívidudos despatriados que tomavam posse de mercadorias transportadas pelo Estado ou por seus designatários, nesse caso era o sentido marítimo do termo. Contudo ser ou não ser pirata dependia do ponto de vista. Um exemplo é distinção feita para corsário. Corsário era um indivíduo que trabalhava para alguma nação, e mais pirataria era um termo usado pelos países europeus aos ataques de seus navios, mas não aos mercadores locais, ou seja, defendia seu direito de saquear os pequenos mercadores locais. Em resumo. A diferença entre pirata e corsário era que este ultimo tinha a concessão do estado para saquear.

O combate à pirataria no ramo do conhecimento surge nos séculos XVI e XVII, quando os venezianos e os inglês davam monopólio de reprodução de obras escritas a determinados editores e ao mesmo tempo, impunham um alto grau de censura. Já no século XIX o termo pirataria foi utilizado para designar quem reproduzia e vendia livros sem o pagamento de royalties, principalmente nos países que não tinham legislação para isso.

Interessante notar que após a independência americana a pirataria de trabalhos estrangeiros era estimulada com a alegação de que isso encorajaria o letramento do público e encorajaria a produção intelectual local.

Uma tentativa de regramento foi iniciada em 1886, quando 10 países assinaram a Convenção de Berna (os Estados Unidos só assinariam em 1988) que garantia respeito mútuo ao conteúdo intelectual e industrial produzido por um indivíduo em um país por todos os outros. Ela se tornou a base para a criação, em 1967, da
World Intellectual Property Organization - WOPI (Organização Mundial de Propriedade Intelectual), um organismo da ONU para monitorar, desenvolver e promover a "propriedade intelectual".

O avanço da tecnologia faz com que a cópia de livros seja um negócio bastante rentável na década de 60 bem como com o advento das fitas cassetes nos anos 70 possibilitou a reprodução dos LPs. Com o surgimento dos primeiros gravadores de vídeo faz com que a indústria fonográfica e audiovisual pressionasse o governo americano para a aplicação de leis mais duras quanto a reprodução de músicas e filmes. Inclusive é desse período um processo movido pelos estúdios de cinema contra os fabricantes de vídeo-cassete alegando que os equipamentos estimulavam a pirataria. Foi a última vez que a tecnologia ganhou do poder econômico.

Mais recentemente a troca de arquivos digitais fez tremer novamente a indústria cultural. O Napster (programa compartilhador de arquivos na internet) respondeu judicialmente por "facilitar o trânsito de conteúdo que violava as leis de direito autoral". No acordo a empresa se comprometeu a adequar filtros para bloquear o conteúdo com copyright. Mas o compartilhamento de conteúdo não acabou, muito antes pelo contrário só aumentou.

As conseqüências para a cultura de um modo geral e para as empresas da pirataria é tema para um próximo artigo.


quarta-feira, janeiro 24, 2007

Sindicatos usarão Copa-2010 para defender 'trabalho decente’

Grandes acontecimentos esportivos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, deixam marcas profundas nas cidades onde se realizam. Para receber os esportistas, turistas e imprensa internacional grandes obras de infra-estrutura são necessárias nos aeroportos, transporte público, ginásios, estádios, hospedagem, etc.

Para a Copa do Mundo de 2010, a primeira que será realizada na África, estima-se que serão investidos US$ 2 bilhões. O início das obras está marcado para este mês. Essa é uma esperança para milhares de pessoas que conseguiram emprego e fonte de preocupação para as entidades sindicais sulafricanas. O principal receio das entidades é que as empresas contratadas para as obras utilizem contratos precários e sem garantias sociais para maximizarem seus lucros.

Essa questão foi discutida nesta terça-feira (23) em um seminário do Fórum Social Mundial, realizado no Quênia. Representantes de sindicatos de diversos países, inclusive da África do Sul, aprovaram um memorando com uma série de reivindicações dos trabalhadores para ser entregue à Fifa. Um representante da Federação Queniana de Futebol, que acompanhava o evento, recebeu o documento e comprometeu-se a encaminhá-lo à Fifa.

Lido em voz alta no seminário, o memorando alerta que os sindicatos estão preocupados com a situação trabalhista dos operários, e pedem que a Fifa e o Comitê Organizador da Copa assumam responsabilidades. O texto defende ainda a abertura de diálogo entre a Fifa e sindicatos; que os comitês locais de trabalho tenham voz junto aos organizadores; apuração de possíveis acidentes; garantias de proteção social para os trabalhadores; o compromisso de que a geração de empregos será maximizada para jovens e mulheres; e que programas de capacitação sejam implementados.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Paraísos fiscais e guerras são temas de debate no FSM

Taxar os paraísos fiscais pode ser uma alternativa para combater a evasão de divisas dos países e abastecer fundos de cunho social. Essa foi a proposta debatida no seminário "Taxação internacional: uma ferramenta para governar a globalização e financiar o desenvolvimento”, organizado pela Fundação Friedrich Ebert Stiftung, da Alemanha.

Diante das inúmeras dificuldades políticas e econômicas para criar uma taxa que incida sobre os fluxos financeiros, ao modelo da taxa Tobin, a idéia é criar uma taxação sobre os paraísos fiscais, essa é a opinião do Secretário Geral da Presidência, Luiz Dulci um dos participantes do debate.“Talvez uma parte da opinião pública que não apóie iniciativas como a taxa Tobin poderia apoiar uma sobre os paraísos fiscais”, explicou o ministro.

Paraísos fiscais são usados por grandes empresas nacionais, multinacionais e milionários para fazer evasão de divisas, e fazem isso com o apoio de bancos e empresas de fachada.

Uma iniciativa no plano internacional que começa a dar resultados e a taxação de bilhetes aéreos. França, Brasil, Chile, Espanha, Alemanha, Noruega, Luxemburgo e Chipre já assumiram compromisso de fazer essa cobrança, que nasceu nas discussões das edições anteriores do FSM. A França, único país onde iniciou a taxação cobra 1 euro nos vôos doméstico na classe econômica e 10 euros na executiva ou primeira classe, nas viagens intercontinentais a taxa é de 10 e 40 euros respectivamente. O dinheiro arrecadado, apenas pela França, soma 200 milhões de euros e abastece um fundo da ONU destinado a compra de medicamentos.

Guerras não tão cívis
O continente africano e vítima de inúmeros conflitos atualmente, mas qual a origem de tantas guerras? O caso mais recente da Somália trouxe representantes da sociedade civil do país para o VII Fórum Social Mundial para compartilhar tudo o que pensam em relação à guerra que aflige o país africano. Os militantes de entidades somalis presentes no encontro são unânimes na rejeição da caracterização do conflito bélico como uma mistura de disputa étnico-religiosa.

A questão interna é apenas um pretexto, afirma Jama Mohamed, da Organização Somaliana para o Desenvolvimento Comunitário - Somalian Organization for Community Development (Socda). “As movimentações internas foram o suficiente para atiçar os interesses dos poderosos”, emenda.

O principal interessado, segundo o ativista, seria os Estados Unidos. A posição geográfica da Somália (no Golfo Pérsico, próximo as rotas dos países produtores de petróleo) e o próprio controle do petróleo são os motivos. As empresas americanas tem a concessão para a exploração dos recursos mas estão constantemente ameaçadas pelo crescimento da China.

Convém, hoje, aos EUA, na visão de Mohamed, manter o conflito e a instabilidade no país africano vizinho do Quênia, sede da sétima edição do FSM. Para tanto, eles incentivam países vizinhos como a Etiópia e o Quênia a tomar parte no processo.

Jesus Cristo cantando "I will survive"



O vídeo, hilário, aqui em cima já foi visto por milhões de pessoas no
Youtube e no Google Video. O interessante é que quase ninguém fala do diretor do vídeo. Javier Prato é o diretor desse clipe. Ele nasceu em 1977 em Buenos Aires e com 11 anos viajou com a família para os Estados Unidos. No último ano do colegial iniciou sua carreira de cineasta. Ele terminou apenas os dois primeiros anos do Cinema Studies at LACC (Los Angeles City College).

Javier já dirigiu diversos curtas metragens, comerciais e vídeo clips. Seu projeto atual é o filme “Jesus Christ! The Second Coming", onde o clipe acima é um pequeno trecho do filme, mas foi o que ganhou maior repercursão mundial.

Vale a pena dar uma passadinha no site do projeto do filme.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Marcha de abertura do VII Fórum Social Mundial



Esse vídeo dura cerca de 4 minutos e foi postado por owukori. Dêem uma olhada no Blog dele também.

Lembrando. Blog sem comentários não tem graça. Comentem.

Inicia a sétima edição do Fórum Social Mundial


Nairobi, Quênia, é a cidade anfitriã da sétima edição do Fórum Social Mundial (FSM). O encontro que reúne anualmente entidades e ativistas do mundo inteiro, ocorre pela primeira vez na África.

Do último sábado até o dia 25 Nairobi será o centro dos mais heterogêneas idéias que, há sete anos, tentam fazer frente aos impactos do neoliberalismo.

O Fórum iniciou no sábado pela manhã com uma marcha pelo subúrbio de Kibera, um dos maiores bairros da África, e terminou no parque Uhuru (liberdade na língua swahili).

É a primeira vez que o FSM é organizado no continente mais pobre do planeta. Com o lema "Outro mundo é possível", o FSM ocorre desde 2001 em contraponto ao Fórum Econômico Mundial que acontece na cidade suíça de Davos e reune, anualmente representantes do poder internacional.

O FSM define-se como "um espaço de encontro que favorece a construção internacional de alternativas ao pensamento único neoliberal".

Nairobi completerá sete anos de uma inciativa que nação em Porto Alegre, em 2001. A capital gaúcha ainda sediou as edições de 2002, 2003 e 2005. Em 2004 a Cidade de Mumbai (Índia) foi a primeira a hospedar o FSM fora do Brasil. Em 2006 ele foi policentrico sendo realizado nas cidades de Karachi (Paquistão), Caracas (Venezuela) e Bamako (Mali).

São esperadas para esse ano mais de 100 mil participantes. Estão inscritas 1481 organizações de 101 países e serão realizadas 1315 atividades.

A foto é de um grupo chamado Nairobi Vlog. É bem legal conferir as outras fotos do FSM no site.

PS: Blog tem graça se quem lê postar comentários. Por favor postem.

A Borges o que é de Borges, ou nem tanto


Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Estes são os três primeiros versos de um dos poemas que mais circula pela internet. O texto de nome "Instantes" é atribuído ao poeta Jorge Luis Borges, mas a autoria teria sido dada de maneira indevida ao poeta argentino por Elena Poniatowska.

A partir daí uma série de estudos vem sendo feitos para tentar descobrir a real autoria do texto.

Pela internet também circula a versão de que ele seria de autoria de uma poetisa americana de nome
Nadine Stair. O problema é que existem dúvidas da existência dessa autora. Outra hipótese nos leva a um texto escrito em 1953 pelo cartunista americano Don Herold, na revista Reader’s Digest.

Seria, então, que a origem do poema fosse um plágio de uma obra com copyright? Ninguém sabe ainda. É mais difícil não atribuir um autor do que dizer quem é.

Acredito que o mais importante, apesar do equivoco da autoria da poesia, é que muitas pessoas começaram a ter contanto com a obra de Borges através do
Instantes.