Grandes acontecimentos esportivos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, deixam marcas profundas nas cidades onde se realizam. Para receber os esportistas, turistas e imprensa internacional grandes obras de infra-estrutura são necessárias nos aeroportos, transporte público, ginásios, estádios, hospedagem, etc.
Para a Copa do Mundo de 2010, a primeira que será realizada na África, estima-se que serão investidos US$ 2 bilhões. O início das obras está marcado para este mês. Essa é uma esperança para milhares de pessoas que conseguiram emprego e fonte de preocupação para as entidades sindicais sulafricanas. O principal receio das entidades é que as empresas contratadas para as obras utilizem contratos precários e sem garantias sociais para maximizarem seus lucros.
Essa questão foi discutida nesta terça-feira (23) em um seminário do Fórum Social Mundial, realizado no Quênia. Representantes de sindicatos de diversos países, inclusive da África do Sul, aprovaram um memorando com uma série de reivindicações dos trabalhadores para ser entregue à Fifa. Um representante da Federação Queniana de Futebol, que acompanhava o evento, recebeu o documento e comprometeu-se a encaminhá-lo à Fifa.
Lido em voz alta no seminário, o memorando alerta que os sindicatos estão preocupados com a situação trabalhista dos operários, e pedem que a Fifa e o Comitê Organizador da Copa assumam responsabilidades. O texto defende ainda a abertura de diálogo entre a Fifa e sindicatos; que os comitês locais de trabalho tenham voz junto aos organizadores; apuração de possíveis acidentes; garantias de proteção social para os trabalhadores; o compromisso de que a geração de empregos será maximizada para jovens e mulheres; e que programas de capacitação sejam implementados.
Um comentário:
Esse mundo tá virado num comunismo... Sindicatos reivindicando a Fifa, direitos de trabalhadores que não são jogadores de futebol
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